Redes de Apoio e Afetos

Dandara Abreu
2 min readJun 10, 2022

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Photo by Jonathan Borba on Unsplash

Redes de apoio são todas as pessoas que colaboram com a nossa vida. Amigues e familiares. Profissionais da saúde. Vizinhes. Frequentadores dos nossos templos religiosos. Colegas de atividade física. Professores. Colegas de trabalho. Usuários dos mais diversos serviços e espaços do nosso cotidiano. Ou seja, toda e qualquer pessoa do nosso entorno que pode estar ao nosso lado apoiando certas demandas e em certas situações.

A ideia de rede é porque você pode pensar que cada pessoa dessa é como o nó de uma rede (tipo tela de proteção de varandas) que vai interconectando e fortalecendo a capacidade de absorver impactos. Ainda que cada fio ou nó dessa rede não seja forte sozinho, é o coletivo de fios e nós que torna a rede mais forte. Cada um constrói a rede que pode e precisa porque somos únicos e a nossa rede dá conta das nossas demandas singulares.

A manutenção dessa rede depende do nosso investimento em cada uma das relações considerando seu contexto, sua atualidade e sua singularidade. O que podemos solicitar de um serviço de saúde é diferente do que podemos solicitar de um amigo que é diferente do que podemos solicitar de um líder religioso. Cada pessoa se vincula a nós de modo absolutamente único e tem um lugar na composição dessa rede.

Chamo a rede de apoio também de rede de afetos porque entendo que com cada uma dessas pessoas temos uma relação de afetos diversos. Esses pontos de apoio a situações também colaboram para a troca afetiva que colabora com a nossa saúde mental. Alimentar de forma consciente a nossa rede de apoio e afetos é entender a singularidade de cada nó, valorizar a diferença entre os nós, reconhecer o lugar de cada um, valorizar e investir de modo consciente em cada nó considerando o contexto e as demandas de cada tempo.

Isso é produzir as relações de modo artesanal.

Nada é a priori.

Nada tem receita.

Cada relação tem seu tempo, lugar, espaço, forças de atravessamento, histórias etc.
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Post inspirado no artigo da Geni Nuñez sobre a artesania dos afetos.

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Dandara Abreu

📒 Estudante de Psicologia na UERJ. 🧠 Não-monogamia Política. 📚 Psicanálise. 🌈Pronomes: ela/ella/dela. 🔎Instagram: @psi.dandaraabreu